quarta-feira, 24 de junho de 2009

A marreta de chumbo

Costuma dizer-se que "a necessidade aguça o engenho", mas nem ao diabo lembraria.. em plena África profunda, fundir chumbo para fazer marretas.
Concerteza que havia no quartel algumas baterias velhas, naquele tempo ainda não havia "ecopontos"... e na forja da oficina auto fundiram o chumbo e com molde de areia lhe deram a forma.
Recordo-me que a marreta estava pintada de verde azeitona e até tinha o cabo envernizado.
O pelotão de sapadores tinha à sua guarda uma tenda de campanha tipo "posto de comando" e a dita cuja marreta fazia parte do "kit" das estacas das espias.
Um belo dia, quando vamos utilizar a marreta, ao enterrar uma estaca, logo à primeira martelada ficou a marreta espetada na estaca de ferro.
Afinal a marreta nova era de chumbo!
O alferes sapador que tinha (enfiado o barrete) ao receber a marreta do BCaç. 2880, mandou-a reparar e guardar religiosamente... para tentar entregar em 1972 aos camaradas do BArt. 3887.

Foi mais uma praxe aos checas, acabados de chegar... que terá acontecido à marreta no fim da guerra...... talvez os camaradas do BArt. 3887 possam dizer-nos qualquer coisa... se porventura a chegaram a utilizar!

1 comentário:

  1. Efetivamente a minha Companhia foi a 1ª a chegar a Mecula e tinha como destino o Candulo C.Art 3557 B.Art.3887 Como Minas e Armadilhas que era, não me recordo dessa cena.embora em Mecula tenha sentido o que era a guerra...

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