A sentida homenagem aos camaradas: Cardoso (mecânico), Cardoso (condutor), Melo e Alferes Vieira, eram todos da CCaç. 2707 e tombaram pela Pátria.
Com a música "Menina dos Olhos Tristes" de Zeca Afonso e com as fotos do arquivo do blogue, o post de hoje faz-vos recordar estes camaradas.
Caro amigo Fernandes
ResponderEliminarEstou a enviar-te um grande abraço de agradecimento pela publicação deste "post".
RECORDAR É VIVER. Mas viver com mais paz,é
melhor. Para mim isso acontece desde o dia
15 de Maio, porque tive oportunidade de "falar"
com o Cardoso.
Continua...
Obrigado.
Mário Miranda.
Obrigado amigos por esta homenagem ao meu irmão Zé Maria e colegas.
ResponderEliminarAs maiores felicidades para todos e parabéns por este blogue.
Para o Ernesto Penedones (pai do João e do Hugo e Amigo que muito prezo e com quem coincidi em Tavira no segundo ciclo do CSM nos idos de 1969 e na viagem a bordo do Vera Cruz em Abril/Maio de 1970) vai esta carta espantosa que encontrei no livro recente de Mário Cláudio “Tiago Veiga, Uma Biografia” (págs 715/716) por conter uma tão exacta descrição do presunto de Chaves (se calhar hoje só encontrável em S. Lourenço...):
ResponderEliminar“Caríssim Veiga,
Saí do seu país com a mágoa de não o ter avistado, mas tão possuído pelos espíritos do excesso de Portugal que, se não fosse você quem é, rapidamente me esqueceria de um diálogo que sem dúvida haveria de me enriquecer.
Andei por muita terra, como o Romeiro metafórico do Frei Luís de Sousa, mas em nenhuma como em Chaves – uma cidade que, julgo, ficará fora dos seus itinerários habituais – encontraria eu a síntese do Portugal que me fascina. Não sou particularmente propenso ao êxtase gastronômico, e pelo menos não tanto como o meu irmão Osbert (ele tem-no por inseparável do sentido de deambulação...), mas descobri uma iguaria em Trás-os-Montes – ou deverei dizer no Alto Douro? -, que significa como nada mais (Pedro e Inês, o manuelino, D. Sebastião, a saudade, a talha joanina) a realidade portuguesa. Saberá você do que falo? Pois, do presunto que nunca descortinei melhor do que em Chaves; e nem sequer em Parma, onde toda uma corte angélica, de Correggio a Parmigianino, o louvou em cantorias sem fim.
Não houve em Portugal impulso das artes, comparável ao espanhol, que investisse no presunto de Chaves a unção capaz de o tornar universalmente admirado – tal e qual como acontece com os ovos estrelados de Velásquez, os pêssegos de Murillo, ou as queijadas de Zubarán. E nem sequer a deliciosa Josefa de Óbidos lá chegaria.
O presunto de Chaves une à espantosa coloração, hesitante entre a marroquinaria dos volumes das bibliotecas fartas, e a púrpura das vestes de cardeais enxundiosos, uma textura de pétala de rosa, que evoca minudências genitais, e que anuncia o triunfo de um barroco realmente autóctone. Nos veios de gordura que percorrem cada fatia, e que nos exaltam pela sua discrição, é o marfim das Descobertas, porventura menos grosseiro do que o ouro como símbolo, que está presente, reportando-nos ao mobiliário indo-português, que o instrumentaliza, como material afim da tal concha, a que se deu a bela, e portuguesíssima, designação de “barroca”, essa sim, espalhada pelos três continentes.
Vá a Chaves por mim, meu caro Veiga. Peça vinho, e o presunto que por lá houver; e coma e beba pensando neste que muito gostaria de o rever em Londres, em Lisboa, ou onde você desejar.
Saudações amigas do
Sacheverell Sitwell”
Aquele abraço do
Luís Carvalho
FALTA A MINHA COMPANHIA POIS FIZ ALGUMAS OPERAÇÕES NA CANDULO E ESTIVE DOIS MESES EM CHAMBA.ERA A COMPANHOA DE INTERVENÇÃO DO COMANDO DE SECTOR.C,CAÇ-1574-1966-1968.LEMBRO-ME QUE O COMANDANTE DO CANDULO ERA O CAP.BRANDÃO E FIQUEI AMIOGO DO ALF,SANTOS.OUTRA PESSOA QUE GOSTEI ERA O OF.DE OP.DE MARRUPA CAP.MIRANDA.
ResponderEliminarEm Maio de 72 cheguei ao Mussoma. No primeiro contacto que estabeleci com os camaradas que ia render, perguntei pelo Alferes. Um dos furrieis apontou para uma placa por cima da porta do seu quarto que assinalava a sua morte em combate. Creio tratar-se do Alferes Vieira, que infelizmente não conheci. Nos muitos meses que passei nas margens do Lugenda habituei-me a olhar para aquela placa, imaginando o homem. Passados estes anos conheço-lhe o rosto e a sensação é de ter reencontrado um velho amigo.
ResponderEliminarObrigado
Alferes Costa (Bart 3887, Compª. 3558)